A Voz do Pastor- Dezembro de 2011
JÁ NÃO SOMOS OS MESMOS
É dezembro, um mês especialmente diferente dos outros devido a tantas datas comemorativas e a finalização do ano civil. É dezembro, para nós cristãos a celebração do nascimento de Jesus, o homem que trouxe à humanidade uma nova perspectiva de vida e acima de tudo a esperança da ressurreição. É dezembro e se adentrarmos nas entrelinhas dos fatos acontecidos durante 2011, de descobriremos que no âmago do ser, estamos diferentes do ontem.
Cada vez mais somos conduzidos pelas circunstancias, parece que a vida da maioria de nós se resume em resolver conflitos, amenizar tensões, prover o sustento, em outras palavras, pagar contas, administrar e auferir lucro, colocar “pano quente” nas situações e continuar a vida. Sejamos sensatos em reconhecer que no sistema em que vivemos faz-se necessário e muito necessário, termos uma estabilidade financeira, o que comer, o que vestir e tantos outros; mas é preciso reconhecer também que a busca por todas essas coisas, os problemas relacionais que enfrentamos, as traições, as descobertas, enfim toda trajetória que é comum a todo ser vivente, tende a nos distanciar do foco, de nossa paz interior, enfim nos distanciar do ser que somos.
É muito preocupante o fato perceber que o homem tem se mostrado desagregado de si mesmo. Nossa meta deve ser a realização pessoal sim, mas não podemos nos esquecer de que somos em potencialmente um ser que se relaciona e temos vivido cada vez mais distantes uns dos outros, consequentemente nunca se diagnosticaram tantos sintomas psíquicos e transtornos das mais variáveis qualificações.
É dezembro e já não somos os mesmos! Naturalmente amadurecemos, mudamos o modo de ver e fazer, e isso é bom.
Não é bom quando não percebemos isso, quando não vemos ou deixamos de acreditar na mudança e evolução do outro, quando deixamos de acreditar em nós mesmos, e ainda quando nem mesmo aceitamos que as alterações físicas, os cabelos brancos, as marcas no rosto e na pele, são acompanhadas de marcas profundas que alcançam nossa alma. É dezembro o despertar do novo se aproxima e mais do que cantar “Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter, como todo dia nasce novo em cada amanhecer” é urgente interiorizarmos o fato de que toda marca provoca mudanças. No campo das emoções as marcas e as mudanças variam de acordo com nossa capacidade de resiliência, mas, quando não fugimos da responsabilidade de cuidarmos de nós mesmos, adquirimos a incrível capacidade de converter as marcas mais dolorosas em poderosíssimos degraus na doce e redescoberta diária de que viver bem é uma decisão e que evoluímos à medida que nos integramos com Deus, conosco e com o outro.
Que o seu hoje seja feliz e que seu existir seja sempre mais significativo e repleto da misteriosa experiência da Graça de Deus.
Dione César de Oliveira Goulart – Sacerdote, Pároco de Bias Fortes e Pedro Teixeira – MG, Psicólogo/Neuropsicólogo/Pedagogo. E-mail: analista.comportamental@yahoo.com.br
É dezembro, um mês especialmente diferente dos outros devido a tantas datas comemorativas e a finalização do ano civil. É dezembro, para nós cristãos a celebração do nascimento de Jesus, o homem que trouxe à humanidade uma nova perspectiva de vida e acima de tudo a esperança da ressurreição. É dezembro e se adentrarmos nas entrelinhas dos fatos acontecidos durante 2011, de descobriremos que no âmago do ser, estamos diferentes do ontem.
Cada vez mais somos conduzidos pelas circunstancias, parece que a vida da maioria de nós se resume em resolver conflitos, amenizar tensões, prover o sustento, em outras palavras, pagar contas, administrar e auferir lucro, colocar “pano quente” nas situações e continuar a vida. Sejamos sensatos em reconhecer que no sistema em que vivemos faz-se necessário e muito necessário, termos uma estabilidade financeira, o que comer, o que vestir e tantos outros; mas é preciso reconhecer também que a busca por todas essas coisas, os problemas relacionais que enfrentamos, as traições, as descobertas, enfim toda trajetória que é comum a todo ser vivente, tende a nos distanciar do foco, de nossa paz interior, enfim nos distanciar do ser que somos.
É muito preocupante o fato perceber que o homem tem se mostrado desagregado de si mesmo. Nossa meta deve ser a realização pessoal sim, mas não podemos nos esquecer de que somos em potencialmente um ser que se relaciona e temos vivido cada vez mais distantes uns dos outros, consequentemente nunca se diagnosticaram tantos sintomas psíquicos e transtornos das mais variáveis qualificações.
É dezembro e já não somos os mesmos! Naturalmente amadurecemos, mudamos o modo de ver e fazer, e isso é bom.
Não é bom quando não percebemos isso, quando não vemos ou deixamos de acreditar na mudança e evolução do outro, quando deixamos de acreditar em nós mesmos, e ainda quando nem mesmo aceitamos que as alterações físicas, os cabelos brancos, as marcas no rosto e na pele, são acompanhadas de marcas profundas que alcançam nossa alma. É dezembro o despertar do novo se aproxima e mais do que cantar “Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter, como todo dia nasce novo em cada amanhecer” é urgente interiorizarmos o fato de que toda marca provoca mudanças. No campo das emoções as marcas e as mudanças variam de acordo com nossa capacidade de resiliência, mas, quando não fugimos da responsabilidade de cuidarmos de nós mesmos, adquirimos a incrível capacidade de converter as marcas mais dolorosas em poderosíssimos degraus na doce e redescoberta diária de que viver bem é uma decisão e que evoluímos à medida que nos integramos com Deus, conosco e com o outro.
Que o seu hoje seja feliz e que seu existir seja sempre mais significativo e repleto da misteriosa experiência da Graça de Deus.
Dione César de Oliveira Goulart – Sacerdote, Pároco de Bias Fortes e Pedro Teixeira – MG, Psicólogo/Neuropsicólogo/Pedagogo. E-mail: analista.comportamental@yahoo.com.br
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